quinta-feira, 3 de janeiro de 2013



              De manhãzinha do dia 31 quando abri a porta pra Suely, estava estampado em seus olhos o desespero por causa de uma mesa de madeira jogada fora pela vizinha de frente e já havia um carroceiro revirando outros tesouros! “D. Fátima a mesa está “boínha”, dá pra meu marido trabalhar e aquele carroceiro vai pegar”. O carroceiro foi embora. Ela disse: “Ele vai voltar pra pegar a mesa”.

                Entramos e, num piscar de olhos, a mesa já estava no meu quintal. “D. Fátima, eu peguei a mesa e João vem buscar mais tarde na carroça de um amigo dele”. Enquanto isso, a danada achou pouco e ainda pegou um balde pra catar os seixos, também jogados fora pela mesma vizinha.  Deixou tudo arrumadinho, encostado na parede do portão. Tudo bem, minha casa está desorganizada mesmo, não seria aquele entulho que a deixaria mais feia do que já está.  

                Deu a hora de Suely ir embora e João não veio com a carroça. Dia 1º, feriado, Suely não veio.  Ontem, na hora do almoço, João chegou em um carro fretado para pegar a mesa e as pedras.  Só vi o movimento de longe, ele e o dono do carro entraram, olharam a mesa. Pensei: ainda bem! Tiraram a mesa, as pedras ficaram. Lá vem Suely: ”D. Fátima, João jogou a mesa no terreno baldio. Não prestava não.” E as pedras? “Ele se danou e não quis levar.” João preferiu pagar o frete sem levar nada a pagar o frete de um carro só para levar um balde de seixos...

               

Um comentário:

Marclene Modesto disse...

kkkkkkkkk...Obg. amiga Fátima Gomes, por nos presentear com mais um "causo" veridico. De fato, tenho gosto pelos seus escritos ! afinal, é uma leitura saudavel, humorada...e a mesa não estava "boiinha" pq o marido da Suely desistiu? êêê marido incompreensivel com os esforços de sua esposa e da "Empregadora"... kkkkkkkk