De manhãzinha do dia 31 quando abri a porta pra Suely, estava estampado em seus olhos o desespero por
causa de uma mesa de madeira jogada fora pela vizinha de frente e já havia um
carroceiro revirando outros tesouros! “D. Fátima a mesa está “boínha”, dá pra
meu marido trabalhar e aquele carroceiro vai pegar”. O carroceiro foi embora.
Ela disse: “Ele vai voltar pra pegar a mesa”.
Entramos
e, num piscar de olhos, a mesa já estava no meu quintal. “D. Fátima, eu peguei
a mesa e João vem buscar mais tarde na carroça de um amigo dele”. Enquanto
isso, a danada achou pouco e ainda pegou um balde pra catar os seixos, também jogados
fora pela mesma vizinha. Deixou tudo
arrumadinho, encostado na parede do portão. Tudo bem, minha casa está
desorganizada mesmo, não seria aquele entulho que a deixaria mais feia do que
já está.
Deu
a hora de Suely ir embora e João não veio com a carroça. Dia 1º, feriado, Suely
não veio. Ontem, na hora do almoço, João
chegou em um carro fretado para pegar a mesa e as pedras. Só vi o movimento
de longe, ele e o dono do carro entraram, olharam a mesa. Pensei: ainda bem!
Tiraram a mesa, as pedras ficaram. Lá vem Suely: ”D. Fátima, João jogou a mesa
no terreno baldio. Não prestava não.” E as pedras? “Ele se danou e não quis
levar.” João preferiu pagar o frete sem levar nada a pagar o frete de um carro
só para levar um balde de seixos...
Um comentário:
kkkkkkkkk...Obg. amiga Fátima Gomes, por nos presentear com mais um "causo" veridico. De fato, tenho gosto pelos seus escritos ! afinal, é uma leitura saudavel, humorada...e a mesa não estava "boiinha" pq o marido da Suely desistiu? êêê marido incompreensivel com os esforços de sua esposa e da "Empregadora"... kkkkkkkk
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