sábado, 17 de outubro de 2009

O OUTRO LADO DA MOEDA

Se eu tivesse uma fada madrinha, eu pediria para realizar um desejo que me ocorreu agora: Conhecer, pessoalmente, Luiz Henrique da Fonseca Zaidan e ter o prazer de parabenizá-lo, pela demonstração de sabedoria, sensibilidade e, sobretudo, pela coragem de quebrar um paradigma antigão, fora da realidade desde que o gênero feminino teve chance de se posicionar com brilhantismo no cenário nacional, mostrando sua garra.

Nós mulheres, não somos “burros de carga”! Somos seres humanos e como tal, apesar de toda a nossa força, precisamos de carinho e atenção. Se HOMENS e MULHERES são iguais em direitos e obrigações, nos exatos termos do art. 5º, inciso I, da nossa Constituição Federal, por que, então, nos contentarmos apenas com as obrigações? Sim, porque a maioria das mulheres, além de se esmerar no exercício de sua carreira profissional, desempenha a maternidade com maestria, cumulada com funções de administrar o lar, sem perder de vista os compromissos sociais, os cuidados com a aparência, divide as contas da casa, quando não assume sozinha. Tudo isso com o encargo de, mesmo cansada da lida diária, sempre estar a postos para atender os desejos do marido, para não facilitar a infidelidade da criatura insensível, mesmo que não tenha resposta positiva aos seus anseios.

O que me deixou eufórica com as sábias palavras do notável juiz leigo, ratificadas pelo insigne juiz togado, foi a certeza de que a repercursão da magistral sentença servirá como matéria de reflexão, pelo menos para dar uma reviravolta na hipocrisia embutida na cultura machista.

Já estava na hora de um ser iluminado mostrar o outro lado da moeda e provocar a queda do ultrapassado conceito de MULHER à imagem e semelhança de AMÉLIA!


5 comentários:

Marclene Modesto disse...

Amiga...quando vc encontrar sua "Fada Madrinha", por favor, peça a ela pra me dar uma carona, tbm quero conhecer o Luiz Henrique F. Zaidan...rsrsrs, eu concordo em numero, genero e grau com vc, logo, tbm admiro o escritor referido. ATITUDE..é isso que esta faltando. Fico muito feliz nas visitas ao teu Blog, significa dizer, que tenho sempre uma excelente opção de leitura.
Te gosto muito, viu?
Bjs.

LPM disse...

Artigo perfeito Fafá.Muito realista...
Quanto ao Zaidan,aquele cara é uma sumidade...

Beijoss e continue crítica assim!

Érika disse...

hahahahahha

Tá brincando, né???

Esse juiz é um doido varrido. Sentença sem o menor cabimento. Idolatrar um cara assim...

É o fim!

Fátima disse...

Oi, Erika:
Muito obrigada por seu comentário! É de grande valia para nosso crescimento podermos parar e analisar os pensamentos diferentes do nosso, não é mesmo?

Respeito seu ponto de vista, assim como acredito que você respeita o meu, mas,

DISCORDO quando você diz que é o fim. Não é o fim! É o começo de um novo tempo quando o homem vai sentir que, para exigir respeito da mulher, deve se fazer respeitar (e vice-versa).

CONCORDO quando você qualifica o juiz como “doido varrido”. Mudanças são sempre iniciadas por "doidos varridos" porque é através deles que os paradigmas são quebrados. Transcrevo um trecho do livro O Louco, de Gibran Khalil Gibran, que me faz refletir sobre a sinceridade que reside na loucura:
“Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.”

Espero que você tenha me entendido, assim como espero ter outros contatos com você.

Érika disse...

Eu te entendi desde o início.

E por isso msm ainda n consigo acreditar.

A questão é que estamos falando de coisas diferentes.

Por mais que seja bom ver que um homem consegue ver "o outro lado da moeda", como vc disse, é um insulto elogiar o projeto de sentença desse cidadão!

Se em vez de juiz ele fosse um escritor, estaria ótimo!!!!

O que me amedronta é um jovem ler um comentário como o seu e sair repetindo-o como se tal "SENTENÇA" merecesse idolatria.

Será que VC me entendeu?