Jornal O PHAROL

Hoje, 7 de setembro de 2009, sinto falta das comemorações dos 7 de setembro de outrora. Não por sentimento de nacionalismo, e sim, porque se comemorava, junto com a principal data cívica nacional, o aniversário de fundação do jornal de meu vô, o Jornal O PHAROL, escrito, originariamente, “com ph de pharmacia”.

Nesse dia, a Banda Filarmônica 21 de Setembro, conhecida pelos engraçadinhos daqui como “Quebra Resguardo”, sempre fazia alvorada pelas ruas da cidade e aproveitava para homenagear vovô tocando dobrados em frente à nossa casa. Como eu sinto falta disso!!!

Quando o jornal fez 50 anos, Ave Maria!!! Pe. Bernardino Padilha da Luz, (hoje ele é Monsenhor), veio de Salvador só para celebrar a Missa em Ação de Graças. Foi uma missa 3 em 1: 1) Ação de Graças pelo cinquentenário do Jornal, 2) eu recebi o sacramento da Primeira Eucaristia e 3) minha prima Jussara recebeu o sacramento do Batismo!

Ao completar 60 anos de jornalismo ininterruptos, superando todas as barreiras que ia encontrando, vovô foi procurado por um cineasta que tinha como proposta fazer um documentário em 8 mm sobre o Jornal. E fez.

Após o desfile militar, as pessoas (está pensando, que pessoas? – amigos, políticos, qualquer munícipe, enfim...pessoas!) dirigiam-se à sede do Jornal, na Av. Guararapes, nº. 1880, para cumprimentar o proprietário do Jornal, assinavam um livro de presença, e ficavam atentas aos discursos proferidos, culminando, as homenagens, com uma espécie de coquetel. Quando tio Bosquinho assumiu a empresa, esse ritual foi abolido passando-se, apenas, a servir na casa de vovô, uma feijoada para os parentes, amigos mais chegados e funcionários.

Muita saudade... Bem sei que é preciso viver o aqui e agora, mas não posso desprezar as lembranças... penso que elas, as lembranças, são um alento nos desacertos presentes, enquanto me servem de referência para o futuro.