O PODER DO OLHAR II (pré-teste do poder do olhar)

Voltando a falar sobre o poder do olhar, uma das frases mais românticas que conheço sobre o tema é de Leonardo da Vinci: "As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”. Bonito, né? Mas, hoje em dia, é complicado até olhar de relance para as pessoas. Quando você olha para alguém, mesmo sem intenção de conquistar, e esse alguém é carente de afeto, ou mal amado/resolvido, com certeza, esse olhar pode lhe sair muito caro.

E, de um tempo desses pra cá, o que mais se encontra por aí são pessoas mal resolvidas, mal amadas, carentes, pessoas que não tem nível de entendimento suficiente para discernir o que sentem, para identificar o mal que lhes aflige e buscar a cura em si próprias...Pior: Nem sentem que precisam de ajuda!

Particularmente, sempre tive medo de comprar um problema, assim, olhando nos olhos de alguém, pelo efêmero prazer de brincar com sentimentos. PENSO QUE nunca se há de saber que tipo de maluco se encontra no interior de uma forma humana, QUE não devo fazer aos outros o que não gostaria que me fizessem (isso é regra básica, que aprendi desde pequena) Além disso, ACEITO, como lei natural, o “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” de Antoine de Saint-Exupéry. Por isso me resguardei dessa arma TÃO poderosa QUANTO perigosa, O OLHAR, e fiquei fora de forma.

Atendendo ao pedido de minha amiga, Dra. Marclene, que se divertiu muito com a leitura da postagem “O Poder do Olhar”, vou relatar o episódio do pré-teste realizado por aquela antiga conhecida, como uma espécie de aquecimento para entrar em cena...E foi assim:

Para quem não leu O PODER DO OLHAR, essa protagonista havia sido alvo do ato vil da traição conjugal e, em uma bela e quente noite de verão, encontrava-se na praça de alimentação de um determinado Shopping Center, tomando um chopp bem geladinho, acompanhada, obviamente, por seu algoz, o marido.

Quando o álcool já havia atingido a área racional do seu cérebro, ela observou um cidadão bem apessoado vindo na direção da praça, com um carrinho de supermercado cheínho de compras. Foi quando ela lançou um olhar 43 para essa inocente vítima.

A reação do pobre homem foi um quadro patético: Ele só pode ter ficado hipnotizado para desviar-se de sua rota original e dar seis voltas seguidas em torno da praça, guiando seu carrinho cheínho de compras, (rsrsrs) para passar em frente à mesa em que a desalmada segurava o olhar por fora e segurava o riso por dentro...

Nesse dia ela voltou para casa de alma lavada, com o êxito do pré-teste do poder do seu olhar... E, parafraseando o adágio popular: traidora que vinga traição tem cem anos de perdão (está dentro dos principios da Lei de Talião, viu?), sem um pingo de culpa!!!